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Mostrando postagens de 2017

Usar midrachim para validar o Novo Testamento?

Usar midrachim ¹ para validar o Novo Testamento?             O judaísmo tradicional e os cristianismos possuem diferenças irreconciliáveis. Qualquer pessoa que afirme que “é tudo a mesma coisa” não pode ser levada a sério. Isso ocorre porque o judaísmo se baseia num livro ou em livros: a Torá e a literatura talmúdica. Os cristianismos (Catolicismo, Protestantismos e outras religiões cristãs que não aceitam esses rótulos) também se baseiam em um livro: o Novo Testamento. Para QUALQUER pessoa que aceite a mensagem de Jesus ou Yeshua – ou qualquer outra transliteração ou tradução desse nome –, a mensagem central de Deus para este mundo é o evangelho de salvação, e não a Torá (Lei), independentemente de ter ela sido anulada ou não. Não há como juntar essas duas formas de ver o mundo! Juntá-las é criar um Frankenstein, um monstro.             É impossível unir uma fé num Deus transcendental² a que jamais se pode associar uma imagem à mensagem de que Jesus é a imagem de Deus, e ta

Carta aberta a quem acabou de trocar a igreja fanática pelo judaísmo

Carta aberta a quem acabou de trocar a igreja fanática pelo judaísmo Primeiramente, meus cumprimentos! Você acabou de deixar uma situação de opressão, barulho e limitação do seu potencial para estudar uma religião que historicamente tem sido o berço de pessoas que deram contribuição para a ciência (Maimônides, Ibn Ezra, Os sábios do Talmud, como testemunha o Sêfer haCuzari), filosofia (Maimônides) e influenciaram as duas maiores religiões do mundo. Trata-se de um caminho que (pelo menos relativamente!) não despreza a ciência, a modernidade e a sociedade que eu gosto de chamar de “normal”, o que certamente não é o caso de muitas igrejas pentecostais no Brasil. Dito isso, quero deixar uma coisa clara aqui: você certamente tem várias concepções erradas sobre o que é o judaísmo e como ele pensa , você apenas está engatinhando em judaísmo e não pode falar em nome dessa religião e você está cheio de dúvidas . Ainda que você faça anos que esteja estudando e lendo sobre o judaísmo, vam

Guia para Shavuôt ("Pentecostes")

a)      O que comemora: A Torá não menciona especificamente um motivo para a celebração da festa de Shavuôt. O nome significa “semanas” (Dt 16, 10). O motivo do nome é que a festa sempre acontece sete semanas (ou seja, no quinquagésimo dia) após Pêssa h . Em português, é comum que essa festa receba o nome de “pentecostes”, palavra de origem grega que faz referência ao número cinquenta. A data da festa de Shavuôt é calculada através da contagem desses cinquenta dias, em cumprimento de Levítico 23, 16. A contagem chama-se sefirat haômer (contagem do ômer). Ômer (literalmente: feixe) é o nome de uma medida, e a referência é a uma quantidade de cevada que deveria ser ofertada após Pêssah (Lv 23, 10-11). Em Nm 28, 26, Shavuôt é chamado “iom habicurim” (dia dos primeiros frutos). Outro nome desta festa é “atzêret”, que significa “interrupção” ou “conclusão”. Na tradição judaica, a festa recebe motivos e nomes como “Festa da Safra” e “Tempo da entrega da Torá (Lei)”. Portant